setembro 01, 2014

regresso às aulas



7 mudanças urgentes

- Substituir cada critica pouco construtiva, por uma boa e valente acção. Ou por silêncio, se não pudermos fazer nada.

- Respeitar o corpo em que moramos, honrando-o com uma alimentação mais cuidada, uma singela caminhada e um cremezinho na pele ao fim do dia.

- Parar. É urgente parar! Pensar. Sentir. Saber o que se anda a fazer.

- Cultivar a humildade, ouvindo, mas ouvindo MESMO, o que outro nos tem a dizer. Nunca somos os únicos a ter toda a razão.

- Acreditar que as coisas vão correr bem. A má sorte raramente nos encontra, se nós não a chamarmos a toda a hora.

- Escolher ambientes saudáveis. Pessoas que nos acrescentam, que nos empurraram uns centimos mais além. Nós também somos os sítios em que estamos e as companhias a que nos juntamos.

- Relativizar. Tudo importa mas nem tudo tem assim tanta importância.

IdoMind

about starting with the right foot

julho 31, 2014

sombreados


Há os Inventores de Caminhos.
De palavras.
De rimas,
com travo
a dor
a perda
a dia seguinte.

Há os Criadores de Histórias.
De tanta vida.
Da música
com sabor
a queda
a bofetada
ao que foi e não volta.

Há os que Continuam.

E há os outros...
os que nunca saem das suas sombras...

IdoMind

about masks

falemos



Estou a dar-te o meu tudo. Estou, pela primeira vez, a dar tudo.
O que não significa que tenhas de o aceitar.
Mas eu tenho de subir este degrau, largar quem sempre me julguei, para descobrir quem posso ser. E tu estás a ajudar-me. Descobriste-me os trilhos apagados. Mas amor, não tens de os explorar comigo.

Não quero nada de ti. É o que estou a tentar dizer-te desde o princípio. É por mim que te digo como és bonito. É por mim que te estimo e te mimo e cuido de ti como se cuida de todas as coisas que têm um valor muito particular para nós. É por mim que faço crescer o melhor de ambos. É isso que importa, dar de comer ao Amor que temos nos braços recém-nascido.

Peço-te apenas um favor, se puderes e se quiseres, sê honesto comigo. Não vou morrer se me disseres “desculpa, não sinto o mesmo”. Vou chorar um bocado, crescer outro tanto, vou seguir e, no fim, vou olhar-te com respeito. Para sempre.

Que a minha passagem por ti seja forte o suficiente, para não caíres na cobardia de me iludir. E magoar mais do que é preciso.

IdoMind

about word left unspoken

Pedra a Pedra


Ainda te choro, assim do nada.
Uma música que toca e és tu quem ali está a cantar-ma. Apareces-me e levas-me para aquela tarde estranha em que não queríamos mais estar zangados, mas não sabíamos como fazer as pazes. E então a música tocou. E foi mais fácil pedir-te colo.E foste mais rápido em mo dar.

No outro dia até te chorei através do choro de uma amiga e das dores que lhe andavam a fazer no peito. Como as que achei que nos fizemos um ou outro. Lembrei-nos a avançar milímetros na mesma direcção, para depois recuarmos quilómetros em sentidos opostos. Mas demos por nós mais perdidos sozinhos do que a desbravar um caminho juntos. E voltámos para trás. Encontramo-nos ao meio e demos de novo as mãos. Até que as largámos de vez porque a promessa de mudança foi deixando de bastar para o regresso a Casa a cada volta cada vez mais longa...

Tenho-te chorado mais agora, assim do nada, porque não morreste simplesmente. Fomos cúmplices no homicídio lento da vida que havia em nós.

E como são pesadas as lágrimas de saudade quando carregadas de remorsos...

IdoMind

about...flashbacks

Sou-te



És a flor que eu não cheiro,
os pézinhos de criança
que eu não beijo.
És o pedido que nunca faço
o passeio adiado
o olhar desviado.
És da alma,
o meu melhor pedaço.

És o idioma estrangeiro
o prenúncio de mudança
de um para sempre passageiro.
És a palavra engasgada
a canção da minha vida.
Uma chegada,
com despedida
És Lição inacabada.

És poema, sem saber.
Segredo bem guardado.
És meu e sem te ter
não te posso nunca perder;
Somos Um, somos Fado.

IdoMind

about our eternal little dance

junho 03, 2014

Promessas





E quando te humilharem e não te zangares,
zango-me por ti,

não contigo.

IdoMind

about echos in my heart

Constantemente




Quem te disse que não te vejo? Ainda ontem estavas em todo o lado...
Fui sair para ver o mar e, sem querer, porque queria outra coisa, foi a ti que vi. Infinitamente profundo, a dançar para mim, em tons de azul e de adeus. De inconstância. De forças...
Ali estiveste comigo, a tarde toda, enquanto para os outros a tarde só passava.

Por isso, quem te disse que não te vejo. Que não te sinto...
Constantemente.

IdoMind

what remains

maio 27, 2014

Aqui



Num fim de tarde de Inverno, dentro do carro, em frente - o mar.
Num abraço e nas lágrimas, poucas, mas pesadas, que ainda oiço cair quando os dias ficam mais cinzentos

Num adeus...
Naquela despedida.

Foi aí que te guardei.
E é aí que, de vez em quando, te vou buscar.

IdoMind

about specific memories 

maio 21, 2014

A tempo deste tempo



Tenho um "amo-te para te dizer.
Uma desculpa para apresentar.
Um fiz o contrário do que sentia para expiar.

Tenho o meu coração para te dar...

E antes que seja tarde,
a vida passe
e eu me esqueça que nasci para ser feliz,

anda cá, meu amor,

temos uma valsa para dançar.

idoMind

about leaving nothing to say

Esperas



Foi sempre fácil chegar a ti. Eras alcançável porque ainda tinha as duas asas. Foi quando te viste no chão, esquecido de voar, que te perdi. Ganhaste medo e, desde estão, mal te vejo quando passas.

És a minha águia que já foi beija-flor.

Onde te escondes tu, alma da minha alma, que não te alcanço mais, nem com olhos da eternidade. Onde quer que estejas, para onde quer que vais, levas-me em bocados desta saudade.

E eu que fui o teu berço, agora sou Espera.

Mas é assim que tem de ser
e a vida ensina a quem quer aprender
a cada nova Primavera
os pássaros voltam

ao mesmo cais.


IdoMind

about pauses

Opss



7 mentiras institucionalizadas, que nem por isso deixam de ser mentira:

. desculpa, tinha o telemóvel no silêncio.

. está tudo bem.

. apanhei um acidente no caminho ( um camião, uma avaria, tive um furo, fiquei retido na garagem... - os automóveis dão boas desculpas)

. não vai dar, já tenho coisas combinadas.

. estou quase a chegar ( quando ainda se está a sair de casa...)

. não fui eu.

. já me passou, só muito de vez em quando é que penso nele.

IdoMind

about those little lies

Se


Se fazemos
filhos,
tão lindos,
Estrofes
perfeitas,
Cálices
da lama
tirada do chão;

Se fazemos
Amor,
dom sagrado
geramos vida
música
eterna
eco do Infinito
no nosso coração

Se fazemos
guerra,
por todo o lado
e fazemos sofrer.
Se fazemos
chorar
e fazemos morrer.
Se fazemos
asneiras
sem admitir
e fazemos rasteiras
que fazem cair.

Parece-me Irmão,
que fazer o Bem
ou fazer mal
está apenas

na nossa mão...

IdoMind

about my hands

Por aí



Oiço-te nos intervalos da chuva deste dia que ainda é de Primavera.
Oiço-te no olhar cruzado e rápido que a mulher sentada à minha frente, dá ao homem sentado do outro lado. Falas-me no silêncio gritante deles e no abafar do desejo com o sorriso educado de sempre. E amanhã, começa tudo outra vez...
Oiço-te a gargalhada no velhinho que há mais de vinte anos pede o café pingado e come apenas o creme do pastel de nata.

Oiço-te por toda a parte, porque estás em mim onde quer que estejas.

Oiço-te nestas saudades, porque sei onde Moro...

IdoMind

about the smooth brise

abril 01, 2014

São loucas




De manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada n'areia
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração.

Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas
Dizem as velhas da praia, que não voltas:

São loucas! São loucas!

Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo.
Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz qu'estás sempre comigo.


No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito,

estás sempre comigo

Amália Rodrigues, Barco Negro

IdoMind

about what sings to me

Perder para Ter






Vou falar-se sobre perder.
Primeiro uma casa.
Depois um homem.
E de perder o chão.
O emprego.
Quase todas as certezas.
Ficar sem um tostão.
Vai-se a força.
A paciência.
E por fim a fé...
Perde-se, acho que tudo,
menos a vida, que,
chegamos a querer perder até.

No fundo do poço
resta olhar para o Alto
e pede-se
um intervalo,
uma escada.
uma mão.
Neste render, me calo,
a resposta, se a há, tarda.
Ou talvez de tanto perder,
tenha perdido também
...A audição

Mas olha para mim,
meu irmão...
Aqui diante de ti, de pé.
Ainda é cedo
para a carne ferida,
mas a alma de tão Alta,
mesmo vergada,
quer-me erguida.
Viver é não ver o Fim,
nem até onde vai
a Descida.
É fé. É credo.
É transformar a terra,
na tua Subida.
E entretanto
perder

o Medo...

IdoMind

about keep on going

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...