julho 31, 2014

Pedra a Pedra


Ainda te choro, assim do nada.
Uma música que toca e és tu quem ali está a cantar-ma. Apareces-me e levas-me para aquela tarde estranha em que não queríamos mais estar zangados, mas não sabíamos como fazer as pazes. E então a música tocou. E foi mais fácil pedir-te colo.E foste mais rápido em mo dar.

No outro dia até te chorei através do choro de uma amiga e das dores que lhe andavam a fazer no peito. Como as que achei que nos fizemos um ou outro. Lembrei-nos a avançar milímetros na mesma direcção, para depois recuarmos quilómetros em sentidos opostos. Mas demos por nós mais perdidos sozinhos do que a desbravar um caminho juntos. E voltámos para trás. Encontramo-nos ao meio e demos de novo as mãos. Até que as largámos de vez porque a promessa de mudança foi deixando de bastar para o regresso a Casa a cada volta cada vez mais longa...

Tenho-te chorado mais agora, assim do nada, porque não morreste simplesmente. Fomos cúmplices no homicídio lento da vida que havia em nós.

E como são pesadas as lágrimas de saudade quando carregadas de remorsos...

IdoMind

about...flashbacks

Sem comentários:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...