dezembro 30, 2008

Em 2009...

Que as chuvas do Inverno derramem sobre mim coragem para resistir ao frio do Homem e Fé no arco-iris que há-de desenhar-se nos corações de cada um. Na estação mais agreste, que eu seja Forte, que eu seja Doce, que eu lembre que tudo tem um fim…até a dureza das circunstâncias.

Que os primeiros raios da Primavera revelem a glória do novo Eu renascido. Que eu aprenda com as flores a furar com bravura o solo escuro e com as andorinhas a mudar sempre para um lugar melhor, voando alto e guiada pela intuição. Na estação mais bela que eu seja Firme,que eu seja Trabalhadora, que eu saiba preparar a minha terra e escolher as sementes a plantar dentro de mim.

Que o calor do Verão me faça crescer e frutificar para lá das minhas cercas. Que seja dourado o trigo do meu Pão. Na estação mais quente, que eu olhe para mim com Reconhecimento, com Respeito, que eu aceite a necessidade de descontrair … e confiar.

Que os ventos do Outono varram as folhas caídas no meu caminho e me empurrem para onde os encontros mágicos abrilhantam os dias e onde tudo é possível. Na estação mais temperada, que eu seja Simples, que eu seja Criança, que eu continue a acreditar nos sonhos e a seguir os sinais.

Em 2009…que o Amor reine em cada Estação da minha alma.

dezembro 28, 2008

Sobre o Jardim

A vida e o caminho que trilhamos podem ser encarados como um Jardim. Todos os dias precisamos de olhar para ele, com uma visão de observador e verificar quais os rebentos que estão a surgir, quais as flores que precisam de mais atenção, onde há espaço para semear mais. Para construir um Jardim é necessário, antes de qualquer outra acção, trabalhar a Terra, para que ela se torne fértil e lá possam crescer as sementes que lançarmos. A Terra somos nós, é o nosso interior, e ele vem sendo trabalhado desde sempre, desde o dia em que o Ar invadiu os nossos pulmões e lançamos o nosso primeiro grito de Guerra.
Existe uma teoria que diz que a formação do Indivíduo vai até aos 28, nos primeiros 7 anos formamos o corpo, até aos 14 as nossas emoções, até aos 21 a nossa intuição e até aos 28 os nossos projectos. Assim, podemos verificar que todos nós temos vindo a trabalhar a Terra para a cultivar, alguns fizeram-no com essa consciência, outros por pura intuição, mas grande parte das pessoas ainda procura os Jardins dos outros para pôr as suas sementes. São aqueles que se colocam nas cercas a dar palpites de como o nosso Jardim ficaria mais bonito se fizéssemos assim ou assado, aqueles que perdem as oportunidades por estarem demasiado debruçados sobre a cerca do vizinho.

Chegou a altura cósmica em que Todos devem tomar consciência da sua importância, como Paulo Coelho diz todos temos uma Lenda Pessoal para construir e não podemos descurar o nosso Jardim. Somos todos protagonistas da nossa história, há que assumir o papel principal, tornarmo-nos em Jardineiros dedicados, empenhados e prontos para qualquer intempérie que surja.
Trabalhar a Terra pode levar anos, se fomos deixando que as ervas daninhas crescessem livremente, que os outros nos dissessem como tratá-la, mas não é impossível, pois basta ter Vontade e o Universo dá-nos as ferramentas.
Neste espaço partilharei aquilo que sei, farei reflexões e darei sugestões, abrindo as cercas do meu Jardim, que apesar de estar cuidado continua a necessitar da minha atenção. Colocarei as sementes especiais e esperarei para ver que espécie são afinal, no que se vão elas tornar. Sempre que vos aprouver lancem algumas gotas de água, uns raios de Sol, um fertilizante até, pois acreditem que elas assim crescerão mais rápido.

Que as Forças da Natureza nos sejam sempre propícias

dezembro 24, 2008

Sabem quem têm em casa?

O Nosso Jardim recebe hoje a sua primeira habitante: a Árvore de Natal.
Alguma vez se perguntaram porque levamos um pedaço da floresta para dentro de casa na altura do Natal? Porque a enfeitamos, porque a iluminamos, porque entregamos os nossos gestos de amor em forma de presente a uma árvore plantada no meio da sala?
À semelhança de tudo o que se passa sob este imenso céu terrestre, a árvore de natal não é fruto do acaso. Tão pouco dos delírios de um qualquer antepassado ambientalista numa luta solitária para salvar o planeta.
Na verdade a árvore de natal esconde uma riqueza simbólica que a sua simplicidade não deixa à primeira vista adivinhar e tem raízes muito mais longínquas do que o próprio Natal.
Inevitavelmente temos de falar do paganismo, conhecida que é a sua sintonia com os misteriosos ciclos da natureza e os cultos respeitosos que lhe eram prestados.
Na Roma antiga e para comemorar uma festa chamada de "Saturnália”, que coincidia com o nosso Natal, os romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros. Esta festividade era dedicada ao templo de Saturno e à mítica Idade de Ouro e celebrava-se todos os 17 de Dezembro, tendo sido progressivamente alargada à semana completa que terminava a 23 de Dezembro. Destinava-se a aplacar as forças da natureza que vagueavam pela Terra durante o Inverno de forma a abençoar as colheitas.
No dia mais curto do ano (solstício) os egípcios enfeitavam as suas casas com galhos verdes como símbolo de triunfo da vida sobre a morte e nas culturas célticas, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maças douradas para festividades também celebradas na mesma época do ano.

Numa versão mais tradicional da proveniência da árvore de Natal diz-se que foi Lutero, autor da reforma protestante, que fez a primeira árvore de natal. Numa noite de Inverno, depois de um passeio pelo bosque Lutero olhou para o céu através de um mar de pinheiros e as estrelas brilhavam de tal modo que pareciam um colar de diamantes a coroar a cabeça das árvores. Avassalado com a beleza da imagem arrancou um galho e levou-o para casa onde o plantou num vaso e o enfeitou com pequenas velas acesas e uma estrela no topo, procurando recriar o que havia visto. E assim nasceu a árvore de Natal.

Não saberemos se a árvore de Natal remonta às lendárias celebrações pagãs, geralmente acompanhadas de vinho, orgias e, naturalmente, visões, ou se é o produto da epifania de um protestante em hipotermia, mas a tradição sobreviveu e hoje Natal, não é Natal sem uma árvore.

Pessoalmente, e explicações lógicas à parte, olho para o meu pinheiro de Natal todo enfeitado e vejo um herói em forma de árvore.
O pinheiro suporta as agruras do Inverno, sobrevive exibindo o seu esplendor, mesmos sobrecarregado com o peso de neve. É um símbolo de vida que pulsa mesmo sob condições adversas. Que cresce, que continua a sua ascensão rumo ao céu quando a maior parte da floresta morre ou dorme.
Olho para o meu pinheiro ali todo luminoso e reconheço na sua forma triangular a Divina Trindade, de que tudo é composto e lembro-me que a vida é um presente…


Árvore de Natal Cabalística

Para os atentos aos sinais, aos rituais e outras manias espirituais, ficam estas dicas:
Tipo de Árvore: um pinheiro porque esta árvore simboliza a Era iluminada de Aquário.
Localização da Árvore: no centro da sala ou no leste, onde o Sol nasce.
Como Enfeitar a Árvore: Sempre de cima para baixo, respeitando as forças descendentes do Espírito Divino que vêm para nos abençoar aqui no plano físico.
No Topo da Árvore: Um estrela dourada que representa nossa Estrela Interior, que nos conduz na peregrinação da vida, é o nosso Espírito Divino que precisa nascer em nossa Consciência (o topo de nossa Alma é a Consciência).
Os Enfeites: Os enfeites simbolizam as virtudes e as forças espirituais que devem triunfar dentro de nossas Almas, e também dentro da casa onde está a Árvore de Natal.

1. Os 3 Sininhos: Simbolizam a Santíssima Trindade, as três Forças Primárias do Cosmos;

2. Os 7 Anjinhos: Representam os 7 Espíritos Angélicos Santificados, que estão diante de Deus intercedendo por todos nós;

3. As 12 Bolinhas: Podem ser mais, obviamente, mas as maiores devem ser ao todo 12, e este número representa as 12 Leis Crísticas, os 12 Salvadores e os 12 Cavaleiros da Távola Redonda, que nos protegem de todo o mal para algum dia encontrarmos as 12 Verdades de Cristo;

4. As 7 Bengalinhas: Simbolizam as 7 Kundalinis que devemos trabalhar para algum dia encarnarmos nosso Poderes que Divinizam;

5. Os Enfeites: Ao pé da Árvore de Natal representam todas as virtudes que queremos alcançar em nossa vida espiritual; podem ser pequenas caixinhas vazias, elas representam essas virtudes e podem ser de cores variadas.

6. A Vela Quadrada de Cor Amarela: Deve ser posta na base da Árvore ou próxima a ela, porém com segurança total. E na noite de Natal, se possível, acendê-la para que toda a simbologia natalina se transforme num carregador de energia astral altamente energizado.

7. Recipiente com Água: Deve ser posto do lado oposto da vela acesa, pode ser uma pequena jarra com água, dando-se assim a reunião dos 4 elementos.

Que tal? Que a Vossa árvore seja o espelho da Vossa Alma: viva, iluminada e adornada de beleza.

A todos FELIZ, FELIZ Natal
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...