maio 27, 2014

Aqui



Num fim de tarde de Inverno, dentro do carro, em frente - o mar.
Num abraço e nas lágrimas, poucas, mas pesadas, que ainda oiço cair quando os dias ficam mais cinzentos

Num adeus...
Naquela despedida.

Foi aí que te guardei.
E é aí que, de vez em quando, te vou buscar.

IdoMind

about specific memories 

maio 21, 2014

A tempo deste tempo



Tenho um "amo-te para te dizer.
Uma desculpa para apresentar.
Um fiz o contrário do que sentia para expiar.

Tenho o meu coração para te dar...

E antes que seja tarde,
a vida passe
e eu me esqueça que nasci para ser feliz,

anda cá, meu amor,

temos uma valsa para dançar.

idoMind

about leaving nothing to say

Esperas



Foi sempre fácil chegar a ti. Eras alcançável porque ainda tinha as duas asas. Foi quando te viste no chão, esquecido de voar, que te perdi. Ganhaste medo e, desde estão, mal te vejo quando passas.

És a minha águia que já foi beija-flor.

Onde te escondes tu, alma da minha alma, que não te alcanço mais, nem com olhos da eternidade. Onde quer que estejas, para onde quer que vais, levas-me em bocados desta saudade.

E eu que fui o teu berço, agora sou Espera.

Mas é assim que tem de ser
e a vida ensina a quem quer aprender
a cada nova Primavera
os pássaros voltam

ao mesmo cais.


IdoMind

about pauses

Opss



7 mentiras institucionalizadas, que nem por isso deixam de ser mentira:

. desculpa, tinha o telemóvel no silêncio.

. está tudo bem.

. apanhei um acidente no caminho ( um camião, uma avaria, tive um furo, fiquei retido na garagem... - os automóveis dão boas desculpas)

. não vai dar, já tenho coisas combinadas.

. estou quase a chegar ( quando ainda se está a sair de casa...)

. não fui eu.

. já me passou, só muito de vez em quando é que penso nele.

IdoMind

about those little lies

Se


Se fazemos
filhos,
tão lindos,
Estrofes
perfeitas,
Cálices
da lama
tirada do chão;

Se fazemos
Amor,
dom sagrado
geramos vida
música
eterna
eco do Infinito
no nosso coração

Se fazemos
guerra,
por todo o lado
e fazemos sofrer.
Se fazemos
chorar
e fazemos morrer.
Se fazemos
asneiras
sem admitir
e fazemos rasteiras
que fazem cair.

Parece-me Irmão,
que fazer o Bem
ou fazer mal
está apenas

na nossa mão...

IdoMind

about my hands

Por aí



Oiço-te nos intervalos da chuva deste dia que ainda é de Primavera.
Oiço-te no olhar cruzado e rápido que a mulher sentada à minha frente, dá ao homem sentado do outro lado. Falas-me no silêncio gritante deles e no abafar do desejo com o sorriso educado de sempre. E amanhã, começa tudo outra vez...
Oiço-te a gargalhada no velhinho que há mais de vinte anos pede o café pingado e come apenas o creme do pastel de nata.

Oiço-te por toda a parte, porque estás em mim onde quer que estejas.

Oiço-te nestas saudades, porque sei onde Moro...

IdoMind

about the smooth brise
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