janeiro 30, 2009

Gosto dos dias em que acordo e vou inspirar o meu jardim II


Para fugir à lufa-lufa do quotidiano e permitir à mente uma escapadinha para divagar, deitei-me na relva e levantei voo. Relembrei algumas imagens da minha infância e adolescência acompanhadas de lembranças, algumas muito voluptuosas, outras um pouco mais dolorosas. No entanto, o momento foi de tranquilidade, aceitação e perdão. Ganhei uma leveza que me permitiu ser mais flexível. Abriu-me o apetite para interagir com as pessoas, de as olhar nos olhos e estabelecer uma ligação verdadeira, sem receios, sem complexos, sem juízos de valor...


Gosto dos dias em que acordo e vou inspirar o meu jardim.

Especialmente quando saio de lá expirando raios de luz.

janeiro 29, 2009

O Jogo



Um desabafo que escrevi há algum tempo e que hoje me apeteceu ressuscitar:


"Vivemos tempos de manifesta insanidade. Toda a gente busca não sabe bem o quê, para quê ou como consegui-lo.Entretanto, vai-se procurando aqui e ali. Vasculham-se as esquinas, respira-se a noite enquanto o dia não chega e chafurda-se nas poças de lama enquanto se sonha com o oasis.Também o faço. Mantenho, contudo, a humildade de admitir que assim é. Que sou uma alma caída na humanidade a viver as coisas e as dúvidas próprias dos Homens. Admito que tento e que falho. Admito que a maior parte das vezes caminho cega, confiante que nenhuma pedra me fará tropeçar.Admito sobretudo que tenho medo.Não é fácil deixar cair a roupa e mostrar quem somos.Não há garantias que vão gostar de nós.Mas mil vezes ser rejeitada por aquilo que sou, que amada pela ideia que possam ter de mim.
Se pudesse lançava um feitiço de honestidade….Faria com que todos saíssem das sombras, deitassem fora a bagagem inútil que carregam e os faz vergar, para que assim, corajosos e livres, gritassem: “ Este sou eu.”
Devíamos jogar o jogo de forma limpa para que não houvesse necessidade de ir viciando as regras ao longo da partida. Nada de esquemas, mentiras ou, como outros, mais comodistas, preferem chamar, de meias verdades.É que no final toda a gente perde.Nada de batotas. Nada de fingimentos. Nada de dizer o que não se pensa. Nada de fazer o que não se sente.Sermos nós. Apenas. E já seria tanto…"
É um convite que renovo.
Boa sorte a todos
Because I do Mind
about breathing...

janeiro 26, 2009

Gosto dos dias em que acordo e vou inspirar o meu jardim


O jardim é algo que aprofunda as nossas emoções, é um elo de ligação muito especial entre o Céu e a Terra. É um espaço onde gosto de me perder, em cada recanto um lugar, a descoberta de um novo olhar, uma nova e renovada inspiração, o cheiro a terra fresca, o sopro dos seus sons (água, vento, e o calor do tempo).

Adoro jardins, gosto em particular de todos, uma vez que existem para todos os gostos. Os jardins. Gosto daqueles que nos cativam e ajudam a compreender a importância dos jardins que conhecemos, durante as estações dos nossos dias terrenos. Adoro os que são fortes, cheios de vigor que tranquilamente asseguram um dia diferente. Gosto deles verdes, pintados em tons de Outono com toques refrescantes de neve. Alegram os meus dias, deixam-me repousar a melancolia na sua sombra. Enfim...

Olhando para o meu jardim vejo algum crescimento físico, estabilidade material, mas com carências ao nível das suas necessidades interiores e espirituais. Pequenas ervas daninhas que impedem o jardim de estar mais apresentável. De momento, ando empenhado em procurar um antídoto natural dentro do jardim. Sem pensar em quem ou o que possa encontrar no caminho. Nestes últimos dias, tenho adormecido com a sensação de que o jardim continua vazio como dantes.

Obrigado pelo convite, é sempre uma honra poder trabalhar o jardim ao lado dos outros e pensar em termos de crescimento recíproco. E, conhecendo o jardins dos vizinhos, ambos nos tornamos mais conscientes do que os jardins são enquanto jardins.

Espero que 2009 seja um período produtivo e benéfico para o crescimento dos nossos Jardins.


Gosto dos dias em que acordo e vou inspirar o meu jardim.

Faz me sentir vivo com vontade de viver.


janeiro 22, 2009

Quando há nevoeiro

Há dias em que saímos para o nosso Jardim e não conseguimos ver nada, pois um nevoeiro denso oculta a paisagem. Apesar de sabermos bem onde se encontram as nossas flores, plantas e árvores, não vamos poder trabalhar o Jardim. Contudo, sabemos que esse nevoeiro não permancerá para sempre. É um momento de pausa. Aproveitemos para tirar um dia de folga do trabalho, meditar, contemplar o trabalho já realizado, enfim, ficar num estado de espera e tranquilidade plena.

Desta mesma forma, deveríamos agir perante os nossos obstáculos. Quando há uma questão que desejamos obter resposta e não conseguimos, devemos deixar de lado, durante um tempo, deixar o nevoeiro assentar e ver afinal o que se está a passar. Por vezes estamos tão envolvidos com a questão que até a nossa percepção se torna falível. Por isso, o melhor é esperar, esperar que um Vento forte chegue, que a Força do Sol intensifique e destrua o nevoeiro. Tudo se tornará mais fácil se soubermos que nada é eterno, mais dia menos dia, tudo se terá de resolver.

Assim seja!

janeiro 13, 2009

A tal fé que move montanhas

Deus não joga aos dados”. Assim dizia uma das mentes mais brilhantes que o mundo conheceu. Apercebeu-se Einstein da maravilhosa precisão a que obedece a vida e o que nela é abarcado. Nada é deixado ao acaso porque há esta eterna, inerente e misteriosa interligação de todos a tudo e de tudo a todos. Hoje relembrei este ensinamento. Hoje comprometi-me a não esquecer a minha responsabilidade no funcionamento do Universo.
Achamos que andamos para aqui sozinhos a tentar descobrir formas de passar um e mais outro dia com o mínimo de sofrimento possível. Fazemos por cumprir os nossos deveres parentais, familiares e profissionais na esperança que não hajam grandes surpresas e que o curso normal das coisas se cumpra.O problema são os imprevistos. Aqueles pequenos detalhes com os quais não contávamos e que nos estragam o plano. A ponta solta que estraga o desenho perfeito.

O pior é que não desaparecem com o estalar de dedos ou num abrir e fechar de olhos. Não. Temos mesmo de os resolver. Por vezes não vemos como. Por vezes não depende só de nós. Por vezes parece que fomos amaldiçoados!
Mas nada disto é verdade. A roupa é-nos sempre dada conforme o frio.
Quando a visão se turva pelo negrume dos maus pensamentos e quando a solução se esconde por detrás do desespero, proponho que falem e digam o que vos vai na alma. Certamente que um Criador que nos oferece o nascer do sol, o barulho das ondas e o cheiro do mar, o sorriso das crianças e o café, terá interesse em ouvir o que temos a dizer. Talvez esteja à espera disso mesmo.
Não custa experimentar.Sentem-se, deitem-se, ajoelhem-se ou escolham a posição que entenderem e religuem-se. Sejam religiosos: restabeleçam a ligação.
Chorem, peçam, reclamem se acharem que está difícil de suportar, mas acima de tudo, ACREDITEM que estão a ser ouvidos.
Hoje chorei. Pedi também. Não reclamei porque não tenho motivos. Pedi desculpa por todas as oportunidades que perdi em ser melhor. Fui o mais honesta possível neste diálogo, ao ponto de tomar consciência de como tenho sido negligente comigo. E chorei mais um pouco…
O milagre aconteceu-me. De modo estranhamente inesperado o meu problema, grave, foi dissolvido pela magia do Amor de um Pai que não se cansa de me dizer que tudo o que tenho de fazer é pedir…
Obrigado. Obrigado. Obrigado.
Que a minha experiência vos encha de esperança.
IdoMind
about hoping and dreaming even the impossible

janeiro 06, 2009

Ao contemplar o exterior vejo-me a mim

Estava a observar o exterior e reparei num jovem cedro, recentemente plantado, que se movia. As Sílfides sopravam um Ar frio, mas o Cedro não se importava, aproveitava aquele movimento e dançava...indiferente ao que os outros cedros pensavam. Alguns repreendiam-no:

- Louco, não é assim que as Árvores se mexem. Os teus ramos estão mal postos!

Mas ele não ligava, afinal, afinal, aquele momento dava-lhe muito prazer.

Os seus ramos faziam uns movimento harmoniosos e imitavam aquilo que nós, humanos, consideramos movimentos de dança. Mas para o Cedro, ele apenas respitava as Leis da Natureza, respeitava as Ordens das Sílfides e não oferecia resistência aos Ventos da Mudança que elas sopravam e, então, pensei.

Não são os ramos que dançam, mas a minha Alma que se move. É o meu Interior que deseja ver o Belo e encontra-o naquilo que está fora.

Que bom seria se todos os dias conseguissemos ver o exterior como manifestação do nosso próprio Interior. As lições seriam mais fáceis de aprender e estaríamos sempre em sintonia connosco.

Quando os Ventos da Mudança soprarem, respeitem-nos, não lhe ofereçam resistência, aproveitem e deixem-se dançar ao som do Vento, tudo será mais simples.

Assim seja
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