É aqui que mora o Amor?
Na porta ao lado da minha oiço o barulho da felicidade. As cócegas lá dentro do peito que os lábios tornam risos. As palavras importantes ditas com os olhos a brilhar. E as que não precisam de ser pronunciadas porque é no silêncio que algumas almas que se encontram. E falam assim, caladas. Oiço ecos do diálogo imortal que começou com um Verbo.
Na porta ao lado da minha oiço o barulho da felicidade. As cócegas lá dentro do peito que os lábios tornam risos. As palavras importantes ditas com os olhos a brilhar. E as que não precisam de ser pronunciadas porque é no silêncio que algumas almas que se encontram. E falam assim, caladas. Oiço ecos do diálogo imortal que começou com um Verbo.
Fico ali, comigo, de porta aberta a mirar o horizonte fugidio, sempre mais rápido que eu. E espero a visita de quem perdeu a minha morada.
Tenho tudo preparado. Há na minha casa flores que são filhas da Beleza. Flutua o perfume a quimeras que embala a fadiga e nos faz crianças descalças a sentir o palpitar deste e doutros mundos.
Tenho ao canto, um sofá branco que nos abraça. Ía jurar que a cada suspiro sigiloso largado nas noites mais longas, nos afaga. Recebe o nosso corpo esmagado pelas horas que não passam e ensina-nos a sarar as nossas dores com suavidade. Aceitando que o sofrimento são só os intervalos da compreensão.
E na minha varanda … é onde as ondas vêm descansar. Abençoado tapete de água salgada que me lava nas idas e nas vindas deste mar em que me perco continuadamente. Vim sem bússolas para me descobrir guia da minha viagem. Aprendi que cada casa é um farol. A sua Luz não pode apagar-se.
E na minha varanda … é onde as ondas vêm descansar. Abençoado tapete de água salgada que me lava nas idas e nas vindas deste mar em que me perco continuadamente. Vim sem bússolas para me descobrir guia da minha viagem. Aprendi que cada casa é um farol. A sua Luz não pode apagar-se.
Na minha casa, sem paredes, há quartos para todos os astros. Recebo-os, agradecida pelas lições que me trazem das suas danças ao redor do sol. Brincamos às cartas e às escondidas. Espiões do tempo que é sempre o mesmo. Ensinaram-me a parar todos os relógios no segundo exacto que agarro. Que vivo. Que SOU.
Esta é a minha casa. Com um coração pintado na porta para que o Amor saiba onde moro.E um dia destes decida entrar...
IdoMind
about The Door
8 comentários:
Meu doce,
O Amor anda por aí; por vezes demora a chegar, outras vezes atrapalha-se pelo caminho (sei bem o que isso é) mas sempre vem... para quem está de braços abertos à sua espera.
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Ai, ai...
Flutuei em tão poético texto.
Parecia estar sendo embalada de uma linha para outra, como a brisa a embalar as flores no campo.
Gostei muito.
Bjo na alma!
Olá Ido, fiquei encantada a ler este texto que fala do Amor que tarda em chegar, mas que chegará para te fazer muito feliz.Beijocas.
Ido, pétalas de rosa...este teu texto suscitou-me essa imagem de imediato, leves, aveludadas, pétalas de rosa perfumadas :)
O Amor? Está dentro de ti...e quando brotar encontrará a consonância de outro florescer...
Bjos de Luz
Marise, My Brise...
Achas?!?!Já me doem os biceps, já me doem os triceps...Tenho os braços todos desgraçados de tanto esperarem abertos!
Mas eu não desisto, sou do clube das otárias que acredita até ao fim.
E tu doce, como estás?
Mil beijos
Reyel, doce amiga
Falo de amor e fico assim, para o tontinho.Se ele acreditasse em mim como eu acredito nele, à minha porta havia FILAS de principes!!
Um abraço apertado
Fátima querida Fátima
Acho que sim...Mereço...
Um grande abraço meu doce
Siala
Lindas e verdadeiras as tuas palavras. Aguardo com paciência e confiança o meu jardineiro...cultivando o amor dentro de mim.
Beijos
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