Vai onde tiveres de ir. Segue o chamamento que levas os dias a ignorar. Vai. Nada temas porque a voz que ouves é a tua a lembrar-te do que te prometeste. São os ecos intemporais dos teus passos a chamar por ti.
Larga tudo o que tiver de ser largado. O caminho faz-se melhor sem malas. Sem o passado que pesa. O homem que foste dissolveu-se no homem que és. Agora. Nesta decisão de agir ou não agir. De dar ou não dar. De dizer ou calar. De partir ou ficar. De tentar…
É tempo de largar se há muito tempo não choras a rir. Se a última surpresa que tiveste foi a mudança lugar da padaria no teu supermercado. Ou a planta que colocaram na entrada do teu emprego.
É tempo de seguir se há muito tempo não conheces alguém cor-de-rosa. Ou azul claro. Alguém que tenhas levado para casa no coração, depois de teres trocado algumas, simples, palavras. Mas que são as últimas que te lembras antes de adormecer com um leve sorriso.
É tempo de mudar se não sentes vontade de ir respirar o mar ou não tens ideias parvas. Se ficas com a telha e a resolves arrastando os móveis de casa, a tarde toda. Ou a pensar em revestir com papel de parede aquele canto de quem vai da cozinha para a sala. É definitivamente tempo de largar se já não dás beijos de olhos fechados… Ou pensas se fechaste a garagem enquanto fazes amor.
Larga tudo o que tiver de ser largado. O caminho faz-se melhor sem malas. Sem o passado que pesa. O homem que foste dissolveu-se no homem que és. Agora. Nesta decisão de agir ou não agir. De dar ou não dar. De dizer ou calar. De partir ou ficar. De tentar…
Vai sozinho. Não carregues ninguém contigo. Todos temos sítios para onde ir. Coisas para largar. A direcção é a mesma mas os percursos são diferentes. E não duvides que nos encontraremos. Por isso, não lamentes, festeja. No final lá estaremos de taças erguidas a brindar ao Plano. Que é sempre infalível.
Já olhaste para as crianças no início de cada ano lectivo? A ansiedade com que folheiam os novos livros. Pegam neles antevendo os desafios que encerram, com os olhos a brilhar de entusiasmo. Tão desejosos por começar. Conhecer a nova turma. Alguns, a nova escola. Os professores. Não voltam a pensar no ano que passou. A lição foi aprendida e os livros que estudaram nada mais têm a ensinar. Querem mais.
Assim é toda a vida. E que assim seja.
É tempo de seguir se há muito tempo não conheces alguém cor-de-rosa. Ou azul claro. Alguém que tenhas levado para casa no coração, depois de teres trocado algumas, simples, palavras. Mas que são as últimas que te lembras antes de adormecer com um leve sorriso.
É tempo de mudar se não sentes vontade de ir respirar o mar ou não tens ideias parvas. Se ficas com a telha e a resolves arrastando os móveis de casa, a tarde toda. Ou a pensar em revestir com papel de parede aquele canto de quem vai da cozinha para a sala. É definitivamente tempo de largar se já não dás beijos de olhos fechados… Ou pensas se fechaste a garagem enquanto fazes amor.
Vai, se perdes mais tempo a olhar para o relógio que a celebrar todas horas que passam… Larga e vai procurar-te. Vai desenhar-te. Pinta a imagem mais bonita que tens de ti. Fá-lo por ti. Por nós.
Liberta-te do peso dos mortos. Que partam, para que tu partas também, perpetuamente rumo ao teu Lugar.
IdoMind
about reborning
A JARDINEIRA RECOMENDA:
Numa onda de grande sincronicidade, ficam aqui os links para três posts que li esta manhã, de outros que, como eu, andam em diálogo com a morte...boa leitura.
Bons adeuses e excelentes olás!
http://grimoiredomago.blogspot.com/2009/12/abrir-mao-do-que-temos.html
http://grimoiredomago.blogspot.com/2009/12/abrir-mao-do-que-temos.html
5 comentários:
IdoMind,
Simplesmente perfeito! Eu mesma disse isso: Vai!
Rio-me... estaremos todos a passar por um processo... de perda?
Vê o meu post no difusão... Acho que podiamos juntar os posts todos e fazer uma compilação... ehehehe...
Linda... Caímos no pó da estrada com o cansaço do peso das malas, levantamo-nos, sacudimos o pó e continuamos mais leves, porque largámos a bagagem (ou ela largou-se da nossa mão) que nem sabiamos que não nos serviria mais.
Beijocas doces
Onda Encantada
Querida Onda,
Páro tantas vezes. Meio sem bussola...Acabo sempre por me levantar e ir. A vida é isso - IR ao encontro do que ela tem para nós. Deixando o que já não nos serve.
Tipo aquela camisola sem jeito nenhum que insistimos em guardar porque é confortável.
Abramos os armários da nossa cabeça e do nosso coração à renovação do guarda-roupa!
Beijos e gostei muito do teu post
Fica o link, vale a pena ler e confirmar que...toca a todos!
http://ondaencantada10.blogspot.com/
Ai minha Irmã
bela vingadela LOL ;)
Vamos! Seguimos e enfrentamos, sigamos sem medo! A Fé diz-nos que tudo se passará bem! EU Confio sempre!
Bela palavras! Para ler e reler!
;)) AMO-te
Lindo texto, intenso. Temos mesmo que nos desapegar de coisas na nossa vida. Dar lugar ao novo até que chegue o momento de deixar o lugar para outro.
beijos
IdoMind
Lindíssimo texto. Li 2 vezes e levei-o comigo.
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Desejo-te umas Festas Felizes e um excelente ano de 2010.
Happy holidays and best wishes for 2010!
Abraços
António
P.S.: Vou estar ausente do meu blogue e da blogoesfera durante uns dias.
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