março 14, 2014

palavras, palavrinhas e palavrões



A filha de um grande amigo, teve duas negativas a português. Numa das conversas com ela, perguntei-lhe porquê. Onde moravam as suas dificuldades numa disciplina que é essencial para todas as demais.
Respondeu-me que percebe perfeitamente a gramática e que não dá erros ortográficos, mas quando chega à parte de interpretar os textos, simplesmente não consegue entender o que os autores querem dizer. Por exemplo, porque é que para dizerem que o céu é azul, escrevem que o mar onde navegavam as nuvens parecia um lenço de cetim índigo. São estes floreados desnecessários que, no seu parecer, fazem do português uma disciplina tão difícil de compreender.

- Querida, posso dizer-te que és uma miúda muito simpática. Mas posso também dizer-te que esqueço toda a maldade do mundo, quando entro nesta casa e dou com a doçura do teu olhar. 
Posso dizer-te que és gira. Ou posso dizer-te que onde quer que estejas, o teu brilho vê-se de longe e sei sempre onde te encontrar no meio da multidão. Posso dizer-te que gosto de ti... Ou posso dizer-te que em ti vejo mil razões para acreditar que ainda há esperança nas pessoas...
Qual destas maneiras de dizer te faz sorrir? Qual delas te traz um quentinho ao coração e para mais perto de mim?
É para isso que servem as palavras enfeitadas umas nas outras: para nos pôr a alma a sorrir e lembrar-nos que há sempre uma maneira mais bonita de dizer as coisas.

São as palavras ditas assim, que reduzem as distâncias para o alcance de um abraço. 
Ou de um dos teus beijinhos.

IdoMind

about the best way possible


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