E não é que os dias melhores vieram? A minha querida sexta-feira chega acompanhada do sol abrasador de que tinha tantas saudades.
Deixo aqui o resultado do aturado exame de consciência que me tomou de assalto nesta confusa semana, que agora, e finalmente, termina.
Fui muito ao passado.
Lembrei-me de coisas que julgava esquecidas. Reconheci certas dores que pensava já não doerem.
Percebi que Eu sou aquilo que me lembro. A soma das minhas memórias moldou-me. Devo a todos pretéritos o meu presente. A todas as quedas, este andar mais lento e cuidadoso…
Lembrei-me de coisas que julgava esquecidas. Reconheci certas dores que pensava já não doerem.
Percebi que Eu sou aquilo que me lembro. A soma das minhas memórias moldou-me. Devo a todos pretéritos o meu presente. A todas as quedas, este andar mais lento e cuidadoso…
Se eu não me lembrasse de ontem, hoje dava-te um abraço como se nunca tivéssemos discutido, discordado ou teimado num orgulho estúpido que nos vai tapando a vista para o teu e o meu melhor.
Dizia-te outra vez como te respeito como se nunca te tivesse dito. Pedia-te ajuda como se nunca ma tivesses recusado. Aprenderia a conhecer-te de novo, olhando-te como se nunca te tivesse visto.
Se eu esquecesse o que ficou para trás, recebia a sorrir o que está a minha frente. Arriscaria como se nunca tivesse perdido. Acreditaria como se nunca me tivessem enganado. Entregaria o coração como se nunca o tivessem partido.
Cada dia seria isso, Um dia. Podia ser O dia.
Pintaria os lábios de vermelho. Vestia aquele vestido. Esquecendo como me acho feia. Deslocada. Sempre fora do tempo e do espaço das outras mulheres. Tirava as ligaduras destas feridas antigas que custam a sarar. E ia para a rua, livre.
A memória fez-me medrosa. Prudentemente contida. A memória fez-me fazer uma casinha bonita nas nuvens onde vivo sozinha.
Se começasse de novo sem carregar o velho, talvez voasse. Talvez crescesse. E tudo teria uma dimensão diferente.
Guardaria esta memória. Apenas Eu mudo de tamanho…
Guardaria esta memória. Apenas Eu mudo de tamanho…
IdoMind
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1 comentário:
Pois é IdoMind...
a diferença está aqui, nesta pequena perspectiva da coisa. Se não tivesses farias assim...e eu digo por ter tido faço assim!
Arrisco porque sei o que é perder. Acredito porque sei o que é ser enganada. Entrego o coração porque sei o que é ele estar partido. Mas a cada vez que o faço, não esqueço o que foi, e por isso o faço, mas desta vez para que seja melhor!!!
O passado existe para nos guiar a um futuro melhor!
Há um exercício que a Salomé nos ofereceu muito bom e tu que tens facilidade em ir para lá, poderá ajudar.
Imagina-te numa sala de cinema, na tela vão surgir alguns momentos da tua vida, quando aparecer algum que te machuque o coração ou aperte o estômago, pára a imagem e vê. Distancia-te do acontecimento, aquela já não és tu e do teu coração emana uma energia da cor que quiseres (aconselha-se violeta ou verde). Vês a cena a ficar com esses tons e a emoção negativa a desaparecer.
É útil para coisas da infância, momentos que vivemos e não catalogámos de bons ou maus, apenas vivemos inocentemente, mas que aos olhos de agora nos doem.
Have fun e vê lá se dás o pulo, estás à beira da prancha mas ainda estás com medo de saltar, essa fé funciona no que te convém.
Para que conste acabaste de preferir ir ao cinema (de acordo com o que havias programado) do que vir fazer o ritual comigo!!! Só tu, só tu ahahahahaha
Beijcoas
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