janeiro 22, 2009

Quando há nevoeiro

Há dias em que saímos para o nosso Jardim e não conseguimos ver nada, pois um nevoeiro denso oculta a paisagem. Apesar de sabermos bem onde se encontram as nossas flores, plantas e árvores, não vamos poder trabalhar o Jardim. Contudo, sabemos que esse nevoeiro não permancerá para sempre. É um momento de pausa. Aproveitemos para tirar um dia de folga do trabalho, meditar, contemplar o trabalho já realizado, enfim, ficar num estado de espera e tranquilidade plena.

Desta mesma forma, deveríamos agir perante os nossos obstáculos. Quando há uma questão que desejamos obter resposta e não conseguimos, devemos deixar de lado, durante um tempo, deixar o nevoeiro assentar e ver afinal o que se está a passar. Por vezes estamos tão envolvidos com a questão que até a nossa percepção se torna falível. Por isso, o melhor é esperar, esperar que um Vento forte chegue, que a Força do Sol intensifique e destrua o nevoeiro. Tudo se tornará mais fácil se soubermos que nada é eterno, mais dia menos dia, tudo se terá de resolver.

Assim seja!

6 comentários:

Unknown disse...

Não é a primeira vez (nem será a última) que um dos vossos posts vem totalmente de encontro às minhas inquietações momentâneas... Tempestade de areia, disseram-me outras vozes igualmente sábias. Que o vento cesse, a areia assente, e possamos finalmente ver a nova forma das dunas sob o luar do deserto.

Unknown disse...

Como nativa de Capricórnio com muita coisa em Virgem, tendo a abordar todas as questões de forma mais racional. Daí que entrar neste Jardim é ter o privilégio de receber algo que já sinto embora não o saiba expressar de forma tão natural, intuitiva e poética. Muito obrigada!

PS- O meu Quíron também está em Touro, casa XI (Importante observar também a casa onde está, ver em que circunstâncias a dor quirónica se manifesta... vou completar essa informação noutro post ;-)

Unknown disse...

Bem, seria sempre interessante trocarmos mapas astrológicos. Quanto mais olho para o meu, mais coisas aprendo... e há anos que ando a estudá-lo! Sem dúvida um instrumento de auto-conhecimento inestimável... Em relação a Quíron, no meu caso, conhecer a casa onde está Quíron ajudou muito a identificar essa ferida (embora ainda não saiba bem como sequer começar a digeri-la...). Espero que te ajude também, por isso vou ver se acelero o post! ;-)

Unknown disse...

Não foi impulsividade, enganei-me e escrevi X, depois corrigi para XI. Foi rapidez de leitura, hehehehe! And never apologize for being an Aries! ;-)

Viajante disse...

Olá Jardineira do Templo de Isis

O nevoeiro embora seja um obstáculo à visão acaba por acentuar todos os outros sentidos. Ouvidos todos os passaros a cantar todos os riachos a correr o mar a bater nas rochas e sentimos o cheiro a terra molhada ao perfume das flores ou a maresia. O nevoeiro é magico transporta-nos a locais onde as fadas moram.
Linda e profunda reflexão

Saudações

o Viajante

Marisa Borges disse...

Para o Viajante,

obrigada pela sua rega. De facto contemplar é utilizar todos os sentidos, neste caso quis enaltecer o facto de não podermos ver com os olhos físicos, mas sim com os da mente. Alertando ainda que até estes podem ser falíveis. Quanto ao nevoeiro, quis utilizá-lo na vertente de ocultar algo. O que ele oculta é exactamente essa magia, esse país da fantasia.

Obrigada e um abraço

Shin Tau

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