Gostava de ter o dom de fazer vos sentir o deslumbre que sinto quando aceito o mistério. A fusão de mim com os outros e com aquilo que não vejo, que nos une numa aliança divina. Gostava de ter o dom de vos mostrar a luz que me encadeia para a ilusão revelando-me o autêntico. A que só permite vislumbrar a perfeição. Desses momentos iluminados fica o murmúrio de um enigma planeado para me fazer andar. Para me fazer subir o cume mais alto desta jornada vertiginosa de me lembrar quem sou. Gostava de ter o dom de vos fazer lembrar. Se o meu candeeiro vos pudesse caiar de branco o caminho…
Gostava de levar-vos para lá, onde a alma repousa todos os cansaços porque volta a entender. Tem andado ocupada com o medo e esqueceu-se que as doenças do mundo não a podem adoecer. Deixa-se escurecer de tal modo que chega a acreditar que nada existe para lá do escuro. A alma grande a tentar caber em sítios pequenos. Em pessoas pequenas. Em vidas minúsculas. Gostava de ter o dom de vos dizer, com a candura bonita que desarma as mais elaboradas teias mentais, que as vossas almas são muito grandes. Tão grandes. Que não estão aqui para se encaixarem. Vieram para ver que não há caixa que vos contenha. A não ser aquela que fabricam. Gostava de ter o dom de desempacotar almas…
Because IdoMind
Gostava de levar-vos para lá, onde a alma repousa todos os cansaços porque volta a entender. Tem andado ocupada com o medo e esqueceu-se que as doenças do mundo não a podem adoecer. Deixa-se escurecer de tal modo que chega a acreditar que nada existe para lá do escuro. A alma grande a tentar caber em sítios pequenos. Em pessoas pequenas. Em vidas minúsculas. Gostava de ter o dom de vos dizer, com a candura bonita que desarma as mais elaboradas teias mentais, que as vossas almas são muito grandes. Tão grandes. Que não estão aqui para se encaixarem. Vieram para ver que não há caixa que vos contenha. A não ser aquela que fabricam. Gostava de ter o dom de desempacotar almas…
Se eu tivesse o dom do esclarecimento, falava-vos do que faz sentido.
Trazia-vos suavemente nas asas macias da entrega, o mais alto que pudesse. Sentados lá em cima, numa nuvem, íamos olhar para nós, cá em baixo, a guerrear contra moinhos de vento. Ver-nos-íamos Cavaleiros da Triste Figura. E rir-nos-íamos de nós mesmos. Tão tontos a agir como meros tripulantes do navio. Fracos demais para acabar com a deriva. Mas daqui podemos ver-nos no nosso posto de comando. Neptunos a ordenar as marés da nossa vida. Soprados pela intuição, com os olhos nas estrelas, cruzando todas águas até ao nosso porto. Gostava de ter o dom de fazer voar os comandantes.
Gostava de ter o dom de vos mostrar os vossos dons. Que são arquitectos e que têm as ferramentas para edificar o vosso ser. Dava-vos a mão que colocava junto ao vosso coração e no silêncio quebrado apenas por esses compassos maravilhosos, perceberiam como são especiais. Se puserem a mão no vosso coração e ficarem calados durante algum tempo, apenas a ouvi-lo, algumas lágrimas vão nascer. Não vão saber porquê, mas virá um suspiro vindo não sabem de onde, que vos leva não sabem bem o quê. Mas vão chorar. Já não paravam há algum tempo para ouvir o coração e ele estava com saudades. Chora de alegria porque é o guardião do vosso dom. E foram à procura dele. Gostava de ter o dom de levar as mãos aos corações.
Tenho apenas o dom de estar aqui. Agora. E pretendo usá-lo para plantar bocados de céu. Faço-o como sei – falando de mistérios, de almas encaixotadas, de embarcações que voam. De dons. Faço-o como sinto – com todo o amor que me faz uma no meio de muitos.
Faço-o por mim.
Gostava de ter o dom de fazer com que fizessem tudo por vós…
Because IdoMind
6 comentários:
Ido Mind
Apenas isso: Lindíssimo!
Beijo e abraço amiga, ;-)
Tu já tens o dom de me fazer sentir calma (és mesmo como a mana). Chega? (hihhihihi)
Beijocas docinhas
Olá IdoMind
Mais um texto. Andei à procura no dicionário de um adjectivo para qualificar o teu texto mas não econtrei. E pensei que não era necessario. Cada vez tenho mais dificuldade em comentar os teus escritos.
Eu sei que gostarias de ser fada e com uma varinha mágica fazer com que os outros vissem o que tu vês. Tens de ter esperança e continuar a contar-nos desta forma maravilhosa que nos atinge directamente no coração
Este teu lado,de encantadora, de contadora do maravilhoso é o teu Dom cultiva-o o universo agradece-te e nós também
Um beijinho para a
"desempacotadora de almas"
O Viajante
Olá minha querida IdoMind já estou como o Viajante cada vez é mais difícil comentar os teus belos e sentidos textos.Continua a encantar-nos com a maravilhosa escrita que parte do teu coração.Obrigada minha linda.Beijocas grandes e fofas.
Eu tenho um dom.
Você tem um dom.
Todos temos um dom.
Eu uso o meu dom a todo o tempo, pois para mim foi fácil descobrir ele. É o meu propósito nesta terra.
Porque não sabes qual é o seu dom?
O que te impede de descobrir qual é o teu dom?
Direto do Brasil.
Beijos.
Ido Mind, quando ganhar o euromilhões vou fazer de ti uma escritora de craveira Universal, believe me!
Love You ;*
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